Em vez de continuar na ordem cronológica, deixarei para contar os causos de La Paz tudo junto, no próximo post. Agora contarei sobre o trekking que fiz na Cordillera Real, parte dos Andes bolivianos, saindo do Condoriri até a escalada no Huayna Potosi, a 6088msnm, o ponto mais alto (literalmente) da minha vida!
Dia 15 - 14/11: Pico Áustria
"Como é incrível a mente humana e sua capacidade de se auto-motivar. Se focamos em um objetivo, faremos todo o possível para atingí-lo; tudo aquilo que dependerá apenas do próprio indivíduo..."
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Camping na Laguna Chiar Qota |
Tínhamos combinado com uma agência de calle Illampu o trekking com escalada de 5 dias. Eles nos buscaram às 7:30 da manhã. Tomamos café no hostel e deixamos as coisas que não usaríamos no locker do hostel.
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Estrada rumo a Cordillera Real |
Saímos de La Paz pelo El Alto. Paramos numa feira onde o guia parou para comprar as provisões. Continuamos na estrada, saindo da civilização e a montanha cadavez mais próxima. O tempo estava meio esquisito, alternando nuvens carregados com alguns espaços de céu claro.
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A cordilheira aparecendo, com a estrada ao fundo |
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Rafael e o guia na trilha rumo ao abrigo da Laguna Chiar Qota |
Chegamos ao fim da estrada, numa casinha onde o guia contratou a mula, mas ela estaria conosco apenas nos dois primeiros dias. Seguimos a trilha até a
Laguna Chiar Qota, que fica a 4700msnm de altitude. Foi praticamente plano, mas o tempo fechou e fizemos debaixo de neve. Chegamos ao abrigo em torno de 40 minutos. Nos acomodamos, almoçamos e descansamos antes de subir o
Pico Áustria.
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A neve que acabara de cair e a casinha onde contratamos a mula para os próximos dias |
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Laguna Chiar Qota |
Começamos a subir, e a altitude é logo sentida. O guia sempre na frente, parava de vez em quando para pegarmos fôlego. Logo, a trilha foi ficando cada vez mais íngreme e o fôlego cada vez menor. Chegamos ao mirante do Condoriri, em torno das 16:00. O guia falou para continuarmos em diante, que faltava pouco, mas que deveríamos estar naquele ponto em até uma hora.
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O abrigo |
A janta foi servida logo depois. O estômago não estava muito bem, devido à altitude. Acabei não comendo muito e logo fui deitar. As espanholas acharam que eu passaria fria por causa do meu saco de dormir ser leve. Falei para elas não se preocuparem, pois já estava acostumada com ele. Mesmo assim, me emprestaram um casaco de pluma de ganso, para aumentar o isolamento. Acabei colocando nas pernas, já que ficar mais quentinha não custava nada...
(Continua...)
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