Visconde de Mauá

Assim que voltei da eurotrip de 2015, curti o feriado de Corpus Christie na serra fluminense, em Visconde de Mauá. Para se chegar lá, basta seguir pela dutra em direção a São Paulo. Um pouco antes do pedágio de Itatiaia, há a saída para Penedo e Visconde de Mauá.
Pedra selada vista da fazenda de onde inicia a trilha
Como deixei pra viajar de última hora, quase não havia hospedagem barata. Acabei conseguindo um quarto no airbnb, que era da dona do Bistrô das Meninas, e que morava em cima do próprio restaurante. Apesar de não ter sido baratinho, foi um ótimo negócio, porque o local, o atendimento e o café da manhã foram ótimos!
Mirante na estrada para Visconde de Mauá
As principais atrações ficam em Maringá e Maromba, distritos de Visconde de Mauá. Então, o interessante é fica em um desses dois lugares. Maromba é um pouco mais hippie, com acomodações mais baratas. Já Maringá, tem a parte do Rio de Janeiro e de Minas, que é dividida apenas por um rio e sua ponte. Maringá possui melhor estrutura de restaurantes e de hospedagem. Eu fiquei em Maringá Minas.
Cachoeira de Santa Clara
Cheguei uma quinta de tarde. Conheci a dona e o quarto onde ficaria os próximos dias. Também estava à disposição a cozinha, que era na varanda da casa. Ela sugeriu que visitasse a Cachoeira de Santa Clara, que era mais perto da vila e daria para ir andando. Depois de uma caminhada de uns 30 minutos cheguei lá. Cachoeira bonita. Fui apresentada também a água gelada daquela região. Molhei só os pés. Na volta, parei numa cervejaria local, a Maresia de Mauá. A noite, o jantar foi num restaurante italiano em Maringá, onde comi um belo risoto ao funghi com uma Serra Gelada.
Serra Gelada, uma das cervejas locais
No dia seguinte, conheci a cachoeira do escorrega. Para se chegar lá, basta ir na estrada em direção a Maromba. É bom ir cedo, porque o lugar enche e fica difícil estacionar o carro. Encarei a água gelada e curti a descida do escorrega. Muito divertido! Mas logo depois, fiquei no sol para me esquentar. Na área ao redor, há barraquinhas com vários artesanatos e um bar com petiscos. Comi um pastel acompanhado de caipirinha.
Cachoeira do escorrega
Segui para o poção, que era bem perto. Ali, a galera pula de uma altura razoável. Dessa vez não tive coragem, e aproveitei somente o banho normal. A última parada desse dia foi o complexo da Cachoeira do Santuário. A estrada para se chegar lá é de chão, como quase tudo na região, mas o trecho final é bem ruim. Acabei não conseguindo continuar com o carro e o estacionei em 'uma moita'. Já era fim do dia e o complexo já estava quase fechando. Achei o valor da entrada caro. Fiz o circuito em meia hora e o que realmente valeu a entrada foi a cachoeira do santuário. O resto estava mais para algumas quedas d'água. Não retornaria lá.
Poção
Na volta, parei na loja de queijos e comprei um grana padano argentino muito bom. Fiz um almojanta de contrafilé na chapa e voltei para o quarto. à noite, a cena foi de queijos e vinho que tinha levado de casa...
Cachoeira do Santuário
Terceiro dia, foi dia de montanha, pois eu não sou de ferro, rsss. A escolhida, Pedra Selada. Dessa vez, dirigi em direção à Visconde de Mauá. Passando pela vila, siga em direção à Campo Alegre, são mais ou menos 9 km de estrada para se chegar na base da Pedra Selada - pedra com dois picos que observada a distância lembra uma sela. Na estrada tem placa sinalizando a entrada para a trilha que começa na fazenda do Sr. Alcebíades. Paga-se uma taxa de entrada, que serve para a manutenção da trilha.
Trilha para a pedra selada

Cume!

Cume!!
A trilha tem por volta de 2,5 km de subida íngreme, bem batida e sinalizada com marcações da metragem e nomes dos poços e pequenas cachoeiras no caminho para se refrescar. Fiz o percurso em torno de uma hora e meia. No final, há uma pequena escalaminhada. A vista do cume é espetacular, e há livro para assinar a sua conquista! Depois, voltei para a cidade e me recompensei com uma bela janta, uma sequência de fondue, para encerrar com honras a última noite ali.
Início do circuito pelo Acantilado

Cachoeira do Acantilado, a última do circuito
No último dia, antes de voltar para o Rio, passei no complexo do Acantilado. Também paga a entrada, por ser uma área privada. Fiquei com receio de ser igual à Cachoeira do Santuário, mas estava enganada: aqui vale a pena!. São várias cachoeiras no caminho, que vai subindo, até a última, a maior, com vista para todo o vale! Há banquinhos para quem quiser descansar no meio do caminho. Mas eu recomendo mesmo é ir tomando banho nas várias cachoeiras do circuito. 

Vista do vale a partir da cachoeira
Depois da visita, retornei ao Rio. A ideia era almoçar em Penedo, mas já não tinha nenhum restaurante aberto. Segui pela dutra, sem opções decentes. A solução foi comer uma coxinha com guaraná natural no posto que parei para abastecer. Foi o salvador da pátria, pois logo a frente haveria um engarrafamento bem grande, o que atrasaria a chegada ao lar doce lar...

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