Vida cusqueña

Cuzco é uma cidade bem alta, a 3200m sobre o nivel do mar. Esse foi o meu primeiro contato com a altitude. Li várias matérias sobre como combater o soroche, ou o mal de altitude, mas nada como a experiência para Vc entender como de fato é. Chego em Cuzco num voo tranquilo pela Tam. A primeira coisa interessante, o avião quase não desce! O último trecho passa pelas montanhas, dando até pra ver Machu Picchu. Ao sair do avião, me sinto como se caminhasse nas nuvens, flutuando. Vejo que preciso caminhar um pouco mais devagar, pois o ar falta um pouco.
Plaza de Armas
Procuro um câmbio e troco 50 dólares só para pagar as primeiras despesas. Negocio o taxi até o hostel que eu havia reservado, o Pariwana,  o qual eu recomendo muito. Fiz o checkin e fiquei esperando o Rafael e o André no bar,  que chegariam mais tarde. Pedi um lomo saltado para o meu almoço e tomei as minhas primeiras cusqueñas com um pessoal que conheci ali no bar. Dei uma volta na plaza de armas e retornei para o hostel,  já que os meninos estavam para chegar.
pub com vista da praça
Ao nos encontramos demos mais uma volta na cidade e paramos num pub da plaza de armas. Mais degustação de cervejas peruanas. Fechamos o tour ao vale sagrado para o dia seguinte. A noite ficamos numa festa do hostel, uma despedida de solteira, com direito a dose dupla de drinks, jelly shots, body shots...
As primeiras peruanas...

Cuzco by night
Dia seguinte, tento procurar a minha alma, mas estava difícil... Descobri um efeito novo da altitude: intensificação do álcool no seu corpo. Dito isso, eu que não tenho ressaca, estava quebrada. No café da manha, apenas uma torrada e um chá de coca. Nos arrumamos, deixamos a mochila grande no locker do hostel e fomos só com as pequenas para o passeio, já que iriamos para Machu Picchu no meio do tour.
A primeira parada foi numa banquinha da estrada, para tomar mais chá de coca e comprar artesanato. A segunda parada,  foi num mirante chegando em pisaq. Aqui já estava bem enjoada, precisando llamar a pacchamama (vulgo chamar o Raul).
Mirante no caminho para Pisaq, após ter chamado a pachamama
Visitamos Pisaq, que foi um sítio agrícola para os incas.  Ali também almoçamos. Depois fomos para Ollantaytambo. Essas ruínas já me impressionaram mais. Não seguimos mais com o tour, já que o trem para águas calientes partiria dali. Visitamos uma feira de artesanato, que tinha um peruano vestido de imperador inca, para a galera tirar foto em troca de uma gorjeta. Tomamos uma cusqueña e fomos para a estação.
Pisaq e suas terrazas

Meus pequenos pratos do almoço

Ollantaytambo

A viagem foi tranquila, apesar de não ter conseguido ver o caminho por já ser noite. Na estação de aguas calientes, ou Machu Picchu Pueblo, estava uma funcionária do hostel nos esperando. Reservei o Ecopackers Machu Pichu, que foi o melhor hostel da viagem. Comemos uma pizza no centro da cidade e fomos dormir, porque no dia seguinte sairiamos as 5 da manha para Machu Picchu.
Tempo fechado, assim que chegamos em Machu Picchu
Acordamos com uma garoa na janela. Tomamos café e fomos para a fila do ônibus, que já estava grande. Chegamos na entrada do parque e já entramos, pois tínhamos comprado os ingressos online, com direito a subida ao HuaynaPicchu. O tempos ainda estava ruim. Fizemos primeiro a trilha para a puerta del sol. Coincidentemente, quando chegamos lá, o sol apareceu, e fiquei bem agradecida. Encontramos um grupo que tinha acabado a trilha inca, e isso reforçou a minha conta de de voltar um dia para Cuzco apenas para fazer a trilha. Visitamos ainda a ponte inca é o huayna picchu. Descemos por volta das 15hs, almoçamos em aguas salientes e tomamos o trem de volta a Cuzco.
O Sol apareceu, assim que chegamos na Puerta de Sol

Foto clássica

No topo de Huayna Picchu

Llamita sorridente

Na descida na estação de ollanta, negociamos o preço do taxi ate a cidade, que compensou ao invés de pegarmos a Ivan. Chegando no pariwana, começo a passar mal do estômago, por causa da altitude. Acabei nem comendo ou bebendo nessa noite.
Em chinchero, aprendendo a colorir lã
Último dia em Cuzco e ainda tinha bastante coisa da minha lista para conhecer. Rafael e André estavam de ressaca, então segui solo. Negociei com as agências da plaza de armas o tour para Maras e Moray. Enquanto esperava o horário de saída da van, visitei a Igreja de Cuzo e um museu, que estava incluso no boleto turístico. A primeira parada foi Moray, um laboratório agrícola inca. Pra mim, era um aeroporto de disco voadores, mas enfim...rsss. A vista de lá é incrível, com vários nevados em volta.
Moray
No nosso retorno, paramos nas salineras de Maras. Cara, é muito sal!!!! De longe já consegue ver vários montes brancos, tudo sal. Cheguei em cuzco na hora do almoço, encontrando os meninos. Continuamos andando pela cidade, visitando alguns museus que já estavam inclusos no boleto.
Salineras de Maras
A noite, chamamos um taxi para nos levar à rodoviária. O Rafael foi mais rápido que eu em falar como o motorista, e não deu tempo de explicá-lo que no Peru, a maioria das empresas tem a sua rodoviária própria. Então teríamos que falar que queríamos ir para o ponto da Cruz del Sur, e não a rodoviária....Óbvio que deu ruim. O motorista nos levou a uma 'rodoviária', mas a Cruz del Sur não fazia ponto ali. Perdemos minutos preciosos, já que estava quase na hora do busão sair. Pegamos um outro taxi, que dessa vez nos levou ao lugar certo, e bem na hora. 'Despachamos' as mochilas, e curtiríamos a noite inteira dentro do busão, rumo a Arequipa...

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