Entre canais, tulipas e cervejas (Parte 1)

Deixamos para trás a cultura latina e agora nos aprofundaríamos na cultura germânica. A primeira parada seria a controversa Amsterdã, conhecida mais pela liberação das drogas e prostituição. Para mim, foi uma grande surpresa ter conhecido essa cidade, e que tem um lugar muito carinhoso no meu coração. Acabei me empolgando demais, e o relato ficou gigante; então, eu dividi para não cansar tanto.

Dia 7 – 06/05: O choque térmico!

Deveríamos sair do hostel 5:40, mas as outras duas se atrasaram....Tínhamos decidido chegar no aeroporto de Barcelona de trem, cuja estação estava uns 10 minutos de caminhada. Saímos quase às 6:00 e apertamos o passo para não perder o trem. Chegando na estação, as máquinas não estavam funcionando. Rodei tudo e achei uma que dava a opção de compra. Na hora de finalizar, não aceitava dinheiro, pois não tinha troco. Então marquei a opção do cartão de crédito, e deu erro... Olhei para a cara das outras duas, elas me olharam....Silvia testou o T10 (bilhete de metrô com 10 viagens) que ainda tinha, e a catraca se abriu! Estaríamos salvas, elas pensaram. Mas eu sabia que a gente precisava comprar o bilhete para o aeroporto, onde você paga um adicional para isso. Confirmei essa informação com um senhor que estava do nosso lado. Faltavam 5 minutos para a próxima saída. Peguei o T10 da mão delas e fui tentar comprar mais uma vez na maquininha. Mas nada funcionou de novo! Bom, agora só restava torcer para o melhor e não entrar nenhum fiscal durante a viagem.
Embarcamos no trem e eu tensa. A Vivian não entendia o porquê de eu estar daquele jeito. Expliquei que se fôssemos pegas, teríamos que pagar uma multa, além da encheção de saco do fiscal. Aí ela ficou mais tensa que eu... :p Chegamos ao aeroporto de boa. Como para mim só acaba quando termina, fomos para o embarque. Quando o guarda viu a passagem, falou que não era ali o terminal; tínhamos que pegar o ÔNIBUS para trocar o terminal. E isso faltava um pouco menos de uma hora para o voo partir....Descemos e esperamos o busão. Sério, deve ter levado uns 15 minutos entre os terminais. É muito longe! Chegamos e passamos pelo raio-X sem grandes problemas. Demos de cara com o free shop e adivinhem o que as outras duas resolvem fazer? Ficar vendo coisas que não iriam comprar. Cinco minutos depois caiu a minha ficha e fui ver a hora. Faltava 10 minutos para fechar os portões. Óbvio que o portão de embarque era ali perto...#sqn! CORRE!!!!! Conseguimos chegar a tempo e ainda não implicaram com as nossas mochilas!
Chegando em Amsterdã e o choque térmico
Duas horas depois estávamos pousando em Schiphol. O aeroporto é gigante! Vimos que o tempo já estava diferente, fechado e frio. Paramos no banheiro para colocar o corta-vento (essa coisa laranja das fotos, ‘pouco’ chamativo...rs) e já deixei luva e toca a mão. Nos informamos como chegar à estação de trem (que fica dentro do saguão do aeroporto) e compramos os tickets para a estação Centraal. DICA: Valide o seu ticket nas máquinas amarelas, tanto na entrada como na saída. Nos letreiros indicam as linhas de trem e por onde eles passam. Só procurar o que passa para a Centraal.
Amsterdã vista do terraço da Biblioteca Pública
Em 20 minutos estávamos no centro de Amsterdã. Saímos da estação e levei um tapa na cara! Um vento gelado tenso! Coloquei a minha toca e já tava parecendo um trombadinha...rsrs Perdidas estávamos e fomos tentar pegar umas informações no centro de turista. Estava lotado e não achei alguém que pudesse me dar uma informação. Saímos e fui seguindo os meus instintos. Não andamos nem 5 minutos e caiu um toró. Sério! Enquanto estava de shortinho em Barcelona, acabo de entrar na geladeira sem dó em Amsterdã. Esperamos a chuva diminuir um pouco e seguimos atrás do nosso hostel. Chegamos a Dam Square e ali não consegui mais me achar. Entramos numa iogurteria e o cara mais lindo do universo era atendente! DICA: Amsterdã é o lugar onde você encontrará mais gente bonita, e simpática ainda por cima! Como era a mais fluente em inglês, fui perguntar ao simpático moço como chegar nos hostel. Ele solícito abriu o maps no seu tablete e explicou o caminho. Dali foi fácil ir. Passamos em frente a um restaurante italiano e Vivian e Silvia começaram a falar de como era bonito o garçom dali, em voz alta. Só escuto de trás uma voz perguntando: “brasileiras?” HAHAHAHA, o cara tinha morado na Argentina e entendia português! Chamou a gente pra almoçar ali, despistamos e seguimos para o hostel. Fizemos o checkin no Shelter City Hostel, deixamos as mochilas e partiu cidade.
'Porto" de onde sai o cruzeiro pelos canais
Já era quase hora do almoço. Paramos no mercado e compramos uma salada. Sentamos no banco da rua e as pessoas que passavam pela gente nos olhava com cara: quem são essas loucas comendo salada na rua nesse frio?! Coisas da vida. Nos despedimos da Silvia, que ia dar um rolê na cidade e fomos fazer o Canal cruise. Já tínhamos comprado o ingresso online, mas era o mesmo preço na hora, e não tinha fila. Entramos no barquinho, que era todo coberto e partimos pelos canais. Tentei prestar atenção ao guia, que falava a mesma coisa em 5 idiomas, mas o soninho vinha com força umas vezes. Como o tempo estava barroco, às vezes chovia, às vezes fazia sol, tudo isso em 40 minutos!
Dentro do barco, durante o cruzeiro pelos canais

Chegando à Biblioteca de Amsterdã
Depois, fomos à Biblioteca de Amsterdã. No meio do caminho paramos num Starbucks para nos esquentar e tentar achar um wifi. Soubemos que a Silvia estava na biblioteca e a encontramos lá. DICA: Vá até o terraço da Biblioteca de Amsterdã; a vista é muito legal. Dali fomos caminhando meio sem rumo. Entramos na Catedral de São Nicolau, várias lojas de souvenir vendendo tudo de maconha, coffeeshops e sex shops. Começou a chover torrencialmente de novo e nos abrigamos numa sex shop. Olhamos os ‘produtos’ e a vendedora se aproximou. Deu uma aula do que cada coisa fazia...hahaha
Interior da Biblioteca
Catedral de São Nicolau
A chuva deu uma trégua e fomos procurar uma coffeeshop. As meninas se interessaram por uma e entraram; eu tentei, mas o cheiro de maconha é muito forte pra mim. Fiquei lá fora esperando elas. Quando vi que elas não iam sair dali nem tão cedo, disse para elas que ia continuar o meu passeio. Fiquei de encontrar a Vivian no hostel e a Silvia, em Berlim. Dei uma volta pelo Dam Square. Tirei umas fotos e achei um FEBO. Dica: Vá a um Febo e coma um croquete; sua vida não será a mesma! Depois voltei ao hostel para pegar definitivamente a minha cama e me organizar.
Dam Square e Madame Tusseau

Vento gelado pacas no fim do dia
Um tempo depois Vivian chegou com um saco de stroopwaffel! Saímos de novo em outra direção, passando pela Nieuwmarket e museu de Rembrandt. O vento frio continuava. Passamos no mercado, compramos janta e lanchinho para os outros dias. Passamos por tanta loja de doce, que dava dó. Ficamos o resto da noite no hostel e tava rolando uma promoção de jantar, hamburger com fritas, suco e sobremesa por 6 euros. Deixamos a nossa janta pro dia seguinte e comemos no hostel. Partiu caminha que dia seguinte seria cheio.
Museu de Rembrandt

Custos:

Avião BAR-AMS (Vueling): EUR 59,99
Trem para Centraal Station: EUR 5,10
Hostel (Shelter City): EUR 60,68 por 3 diárias
Almoço: EUR 3
Cruzeiro no canal: EUR 12
Croquete (Febo): EUR 1,60
Mercado: EUR 3,25
Janta (menu do hostel): EUR 6

(Continua...)

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